Thursday, April 23, 2009

Caindo em sibemol

Ontem à noite vi Velozes e Furiosos 4 no cinema. Boa diversão, a Jordana Brewster continua linda. E como fala bem inglês, nossa! Vendo essas coisas não dá para entender como a Sonia Braga nunca perdeu aquele sotaque ruim. Bom, mas sobre o que quero falar não é isso.
Vin Diesel. Parece o filho do capeta. Mas ganhou fama a partir do primeiro, encarnando um sujeito machão, rude e desencanado. Na época visitei uma comunidade no Orkut sobre ele e vi que a mulherada adora esses tipos. Não sei se só para fantasiar com, se na hora de pensar em alguém para ficar um bom tempo preferem outro tipo de homem, não sei, mas a verdade é que o estilo bad boy remixado do Vin Diesel no Velozes e Furiosos ainda faz sucesso com a mulherada.
Mas ainda não é isso o que quero falar. Desculpe, é de manhã e hoje fiquei meia hora a mais na cama, não estou pensando direito ainda.
O fato é que ontem à noite, em determinado outro momento que não o do filme, já em casa, estava pensando. APESAR de acreditar firmemente que não sirvo pra ficar com alguém no sentido de pensar a longo prazo, fazer planos, etc; APESAR de ter chegado a essa conclusão devido às experiências que tive, onde, invariavelmente, fazia a pessoa que estava comigo infeliz, mais cedo ou mais tarde; APESAR de saber que eu, guardadas as devidas (e longínquas) proporções com o Vin Diesel (eis pq ter falado dele) me dou relativamente bem , às vezes, desde que eu seja o cara da fantasia - NÃO pq eu seja gostosão ou coisa parecida, mas pq é quase certo - e n estou dizendo que é exclusivamente comigo que isso acontece, mas positivamente acontece comigo - que as garotas que ficaram comigo, bem, eu vim a perceber algum tempo depois de estarmos juntos que elas tinham uma fantasia, uma idéia, sei lá, algo pré-concebido a meu respeito que (e sabe-se lá o que eu dava a entender para que isso acontecesse) NÃO correspondia à realidade de quem sou e que a adaptação a quem sou NUNCA deu certo sadiamente, pq simplesmente EU não consigo fazer as concessões que seriam necessárias para me tornar razoavelmente digerível por mais que apenas um pouco de tempo.
Enfim, apesar de tudo isso, eu TAMBÉM não sou o cara da fantasia, no sentido de que, a curtíssimo prazo é divertido "brincar de ficar", "brincar de comer", "brincar de ser Vin Diesel", mas bastou ler UM recado no Orkut ontem à noite de uma menina fofa e doce para me lembrar de que nem que eu me PROPUSESSE a ser o "filho da puta", por assim dizer, eu conseguiria.
Simplesmente pq esse n sou eu, e talvez por pensar demais, talvez por n conseguir ser mais simples, talvez por, na verdade, não passar de um enrolado que n consegue racionalizar minimamente os próprios sentimentos e entender qual seria - se houver - o caminho menos complicado a seguir, eu n consiga vislumbrar a menor possibilidade de dar certo com uma menina.
O fato é que, no frigir dos ovos, têm-se as conclusões de momento:
- não adianta me propor a ser o que não sou, mesmo que essa proposta agrade muito, de certa forma e com certeza por apenas um tempo, às garotas que acabo conhecendo;
- não teria, nem em pensamento, e sem que me tenha sido dado motivo algum para isso, coragem de ignorar que, no mais das vezes, do outro lado há uma pessoa que também tem seus medos e inseguranças e que mais cedo ou mais tarde iria se ferir;
- é bom lembrar também que, para este ano, minha prioridade é TRABALHAR. Diversão casual só quando for de mútuo acordo, mesmo que implícito - e mesmo sabendo que esse tipo de acordo é o que menos se cumpre e acaba sempre dando uma enrolada em tudo (mas também não sou santo nem pretendo voltar a ser virgem); assim, pensar em um envolvimento além desse ponto com qualquer mulher está absolutamente FORA DE QUESTÃO;
- sem nenhuma referência consciente que possa ter sido a causa, sonhei com ela. De novo. Mas esse sentimento fica só pra mim.
Dos males o menor: fico feliz em perceber que estou cada vez mais hábil em expressar meus sentimentos de forma CONCISA, OBJETIVA e FÁCIL DE ENTENDER.

Wednesday, April 22, 2009

Muchas cousas.

Poderia fazer um apanhado geral dos últimos dias, já que me propus a manter este espaço atualizado, na medida do possível.
Poderia falar que ainda não revi a garota que citei no outro post, mas que isso não deve tardar.
Poderia falar da noite de aniversário de uma amiga, onde uma garota de cabelos negros, quadril largo e pele clara, bem clara, de não mais do que 1,65m me "puxou" para "dançar" e de como colamos nossos corpos e rostos, e de como ela falava de coisas nas quais nem ela estava minimamente interessada, que dirá eu, rindo comigo mesmo da inutilidade dessas conversinhas que precedem o beijo e outras coisas. Poderia falar de como a pus de costas para mim segurando-a pela cintura e colei-a no meu corpo, e de quais transformações instantâneas isso produziu em certa região geográfica conhecida como "os países baixos". Poderia falar da frivolidade de tudo isso, mas até para a minha chatice há limites.
Poderia falar de mais uma discussão familiar, que certamente me custará mais alguns anos de vida, já que cada vez que isso acontece, é quase possível "sentir" aquele veneno interior espalhar-se pelas entranhas e consumir, cada vez um pouco mais, a chama de vida que se tem dentro de si.
Poderia falar do almoço de ontem na casa de alguém, onde presenciei mais um capítulo do esfacelamento de um casamento. Poderia falar de como a maior parte dos casais que conheço está ou em crise, ou fazendo vista grossa às traições um do outro, ou ainda juntos por interesse de uma das partes ou simplesmente vivendo a mais pura e cristalina hipocrisia.
Poderia falar de como meu sobrinho de 27 quilos se jogou em cima de mim, que estava deitado, caindo de bunda sobre minhas costelas, e sobre minha suspeita de que alguma esteja ao menos fraturada, tamanha é a dor até para respirar mais fundo. Talvez eu tire uma chapa hoje, se nada mudar e se eu tiver disposição.
Poderia falar do blog de uma amiga, que ainda não visitei, mas que não esqueci (aliás, se não visitei ainda não posso falar).
Poderia falar de tudo isso, pormenorizadamente. Mas vou falar da cena que presenciei ainda hoje pela manhã, quando fui dar uma volta na praça buenos aires, aqui em Higienópolis, após ter entregue um trabalho logo cedo, e sentei-me para ler um pouco. Chamou-me a atenção uma criança, uma mini-gente, talvez uns 2 anos, não mais, que caminhava lentamente e a passos incertos, seguida logo atrás por sua mãe. Ocorreu que a criança deparou-se com uma pequena (enorme, para ela) valeta no caminho, que um adulto cruzaria facilmente com um passo apenas, e decidiu-se por transpô-la. A mãe, desinformada e desapercebida da intenção da pequena, pegou-a no colo e tomava o caminho de volta quando a criança abriu o berreiro. Sua resolução havia de ser respeitada. Resignada, a mãe coloca-a no chão novamente e a criança examina o terreno a sua frente, e dá um par de passos. Desequilibra-se, quase tomba para trás, (a mãe preparada para segurá-la, mas sem tocá-la até então) firma as perninhas. Metade (a metade descendente) da valeta já tinha sido conquistada. Instintivamente, a pequena angula seu corpo para subir a outra metade e, num embalo surpreendente, vence o obstáculo e olha para a mãe com os olhos arregalados de felicidade.
Poderia falar de tudo que mencionei, mas essa última cena que descrevi me fez ganhar o dia.

Thursday, April 16, 2009

Here we go again...

Conheci uma garota bastante interessante hoje, em um lugar bastante peculiar para se conhecer gente interessante. Ela mora nos arredores de onde eu morava. À medida em que conversávamos, fiquei fascinado com o brilho em seu olhar, seu ânimo e talvez até uma certa agitação enquanto falava, sua beleza consolidada, uma mulher. Não sei se ela viu algo de interessante em mim, mas falamos por um bom tempo.
A certa altura, ela comenta, com a maior naturalidade, como continuando o assunto:
"Estou de licença médica. Estive internada há pouco tempo."
"É mesmo? Posso perguntar pq razão?"
"Bipolaridade. Vc sabe o que é?
Sorri por dentro. No mesmo instante veio-me a figura do Coringa de Heath Ledger gesticulando com a mão e dizendo: "Here we go again"...

Tuesday, April 14, 2009

vc devia saber que eu te amei o tempo todo

vc devia saber que eu vou te amar pra sempre

pq sim, um amor pode acontecer na vida de alguém e durar eternamente

eu ainda sonho com você

tão perto e tão longe

chega uma hora que a gente pára de procurar

pq simplesmente surge bem na nossa frente

vc me fez bem feliz

e eu vou te amar pra sempre.

Monday, April 13, 2009

dias de páscoa

praia. 20+ anos depois as pessoas mudaram. gostaria de perceber o quanto eu mudei, e em que. carro. conversa sobre amor. insisto em dizer que a gente pode encontrar o amor uma vez e esse amor pode durar pra sempre. ouço o contrário, nenhum amor dura pra sempre. sol. protetor solar. muita gente feia, pouca gente bonita. mar de ressaca. fundo. correnteza. debaixo d'água. sensação gostosa. cerveja, caipirinha, vinho, uísque. remédios. não se pode comer carne, mas quem não come não sabe ao menos o pq. deixa pra lá. tantos defeitos pra reparar em mim, pra que olhar os dos outros? 1,80m, 80 kg. ainda um pouco abaixo do que gosto em mim, mas pesado até demais para os outros. música de amor. vontade de chorar. introspecção. caminhadas. ondas tirando o biquini das meninas. rs. ócio. lembranças. sol, vento. volta. chuva fina.

Wednesday, April 8, 2009

Um país de idiotas

Chegamos a um ponto além da mediocridade. Um ponto de perda de referência tal que já não é mais uma preocupação do governo que os cidadãos obtenham acesso à educação "demais", pq, e o exemplo vem de cima, bem de cima, ficou provado que não é necessária - na prática - e muitas vezes é menosprezada - a formação cultural e acadêmica de um indivíduo.
Conseguir dinheiro tornou-se a maior de todas as obsessões, tornou-se muito mais do que uma necessidade básica para a sobrevivência. Desde que não seja roubando - quer dizer, pode até ser roubando - desde que não represente perigo para a sociedade - representa hoje algo digno de admiração e quiçá um exemplo a ser seguido.
Não há mais legislação - não uma que deva ser respeitada a não ser por ladrões de galinhas, é claro. Para todos os outros, quem define o que é crime e o que não são os próprios cidadãos, bem como quem deve ser preso ou não. E não falo aqui de pessoas totalmente ignorantes. São pessoas com acesso a meios de informação eletrônicos, revistas impressas semanais e jornais diários. A maioria dessa nova corja legislativa em própria causa tem algo em comum - o ódio pelo governo Lula e por tudo que ele representa. Longe de ter uma opinião acerca da qualidade efetiva ou não do governo, esse senso de profundo repúdio vem de seguidas interpretações circunstanciais e sui generis - como se tiradas das revistas de fofocas - "o presidente não trabalhou por 20 anos, o presidente não tem formação universitária, o presidente NÃO SABE do que acontece ou deixa de acontecer entre seus funcionários". Nesse ponto, no entanto, sou tentado a concordar: Lula deu e continua dando PÉSSIMO exemplo. Sou tentado a concordar, mas não concordo. O que penso acerca do governo de Lula é que é um governo pouco mais do que risível, mas obviamente por outras razões. Lula é um deslumbrado, comeu muito doce e se lambuzou.
Voltando ao ponto, em um país onde ter cultura sem que esta esteja atrelada a certa "esperteza" em juntar milhões, onde cobram-se resultados iguais em meios desiguais e onde a admiração (separada por apenas uma linha tênue da mais profunda inveja) por gente que cria riquezas à custa de sonegação de impostos, gente que se orgulha em ser "esperto o suficiente" por dar "caixinha" a fiscais do governo para que seus negócios possam continuar funcionando e, finalmente, por gente que se julga apta o suficiente para JULGAR se uma (suposta, para ser politicamente correto) criminosa como a dona da Daslu deve ou não - (não deve, segundo eles) ser presa, ou até mesmo QUAL deve ser sua sentença, bom, um país como esse começa a provocar algumas das piores sensações que alguém pode ter em relação a sua pátria: NOJO, DESENCANTO e DESAMOR PELA VIDA nele.

Monday, April 6, 2009

A última vez que falo de vc

À maior intelectual que já conheci pessoalmente.
À menina mais linda do mundo.
Nossos mundos são tão diferentes, nunca realmente pareceu que era pra sempre, eu queria falar um monte de coisas pra vc, mas só vou dizer que espero que seu caminho seja de paz e luz, com quem q vc escolher.
Um enorme beijo pra vcs duas.
Feliz aniversário atrasado.

Sunday, April 5, 2009

Palito de fósforo

Eis o que a vida é. Dura pouco e pode ser partida ao meio à menor pressão.



A gente às vezes perde a consciência disso (ou escolhe esquecer).



Valeu, Fe.

Friday, April 3, 2009

Roy - final

Subitamente, Roy deteve-se por um instante e pensou: "Por que não?" Voltou para casa com o passo apressado. Enquanto andava, sentia a perna manca latejar. "Merda!", pensou. Já no apartamento, começou a reunir seus pertences apressadamente e dividiu-os em grupos, pequenos montinhos. Não era muita coisa mesmo. Vinte minutos depois, estava feito. Em cima de cada monte Roy colocou um pedaço de papel e um nome. Verificou sua carteira, havia dinheiro suficiente, foi até a estante e pegou um dos livros que não relia há tempos. Desceu, tomou um táxi e pediu que o motorista o levasse até o litoral. Pagou adiantado. Durante a viagem, que durou aproximadamente 2 horas, Roy adormeceu. O motorista olhou para trás duas ou três vezes para se certificar que tudo estava bem, e notou o peito de Roy inchando e desinchando. "Está respirando, tudo bem". Roy, adormecido, tinha na expressão um vago sorriso .


Já na praia, Roy alugou um pequeno caiaque. Não se importou em passar nenhum tipo de proteção solar, apesar do sol forte. Nos primeiros metros remando, assim que passou a área dos banhistas, Roy jogou sua bengala ao mar. Fitou-a enquanto afundava. Continuou remando. Ainda haviam dois cigarros no maço amassado. Roy acendeu um. E continuou remando. O mar estava calmo, pequenas marolas balançavam o instável caiaque, mas nada preocupante. O céu estava claro e Roy achou bom que estivesse assim. Era bonito aquele azul. Roy olhou as horas em seu relógio, viu que já se passavam 30 minutos desde que tinha começado a remar. Tirou o relógio e jogou-o ao mar, também. E continuou remando.




















À sua frente, uma imensidão de água. Roy não olhou para trás. Nunca mais.

Wednesday, April 1, 2009

Ocupadíssimo


esses dias. E a cada dia que passa vejo novos elementos q quero por na história do Roy, mas aí vai acabar virando uma novela. Tenho que dar uma saída agora, depois quero ver se me inspiro e faço uma concisão das idéias para concluir o lance do Roy. Por enquanto, deixo uma imagem do físico ARRASADOR do Roy. Pode ser que alguém já o tenha visto e até o conheça...