Friday, July 17, 2009

Mischa Barton e a vida

16/07/2009 - 18h44

Mischa Barton, da série "The O.C", é internada em ala psiquiátrica

  • Brainpix

    Mischa Barton foi flagrada saindo de bêbada de uma boate em Londres, em junho deste ano. Ela aparece mais "cheinha" que antes, quando rumores afirmavam que sofria de anorexia

Los Angeles (EUA.), 16 jul (EFE).- A atriz Mischa Barton foi internada hoje para acompanhamento psiquiátrico em um centro médico de Los Angeles, informou hoje o site "Access Hollywood".

A Polícia determinou o caso como um 5150, código para hospitalização para supervisão psiquiátrica, e decidiu levar a popular protagonista da série "The O.C.", de 23 anos, ao centro médico Cedars-Sinai, na quarta-feira à tarde, segundo uma fonte próxima ao caso.

O site publicou na quarta-feira que as autoridades locais tinham respondido a uma ligação de emergência realizada da residência da jovem britânica e um porta-voz da Polícia confirmou que a atriz começou a se tratar por "um problema médico".

Segundo o "Access Hollywood" a seção 5150 do código da assistência social da Califórnia permite as autoridades a reterem uma pessoa contra sua vontade, por no máximo 72 horas, se apresentar perigo a si mesma ou a demais pessoas ou no caso de que não poder responder por si ou sofra uma grave desordem mental.

Este mesmo código foi usado para reter Britney Spears em um centro psiquiátrico em janeiro de 2008, também em Los Angeles.

Um representante da atriz confirmou ao site que Mischa não assistirá à estreia mundial de seu último filme, "Homecoming", realizada hoje à noite em Nova York, mas não deu mais detalhes.

Além disso, o diretor do filme, Morgan J. Freeman, disse que toda a equipe do filme estava "entristecida" pela atriz não ter ido ao evento.

"Esperamos que esteja bem e que seu problema não seja sério", acrescentou.

Fonte:
http://celebridades.uol.com.br/ultnot/efe/2009/07/16/ult4250u1469.jhtm

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Que coisa. Nessa foto ela está mais para a caracterização da menininha do 6o. sentido do que para a bonita mulher que se tornou. E tem a atriz do último Batman que se matou jovenzinha, menos de 30 anos. E tem tantos outros, só para ficar nos (ainda) mais recentes, o Heath Ledger. Isso para ficar nas "celebridades", que são notícia e, portanto, aparecem na mídia. Isso para não comentar sobre quem não é famoso, como no caso em que ouvi uma amiga contar, da boca de um delegado de um certo distrito no centrão de SP, sobre o quão COMUNS e NUMEROSOS são os casos de pessoas que se instalam nesses pequenos hotéis velhos do Centrão para tirar a própria vida algumas horas depois, coisa de centenas de casos por mês, com os quais a polícia tem de lidar.

Aí vc pensaria: algum lado bom tem que ter nisso, casos como esse devem servir para levantar preocupações e questionamentos a respeito do porquê isso acontece com as pessoas (alcoolismo, consumo de drogas, violência (praticada e/ou sofrida, sexual ou não, relação com problemas psiquiátricos, suicídio, etc).

Mas não. Boa parte da turma usa isso para: a) fazer "humor" - vide caso Michael Jackson; b) falar que é uma "pouca vergonha" essa vagabundagem e esse "estilo de vida" dessa gente que "tem tudo"; c) falar "olha só o mau-exemplo, minha filha assistia a série dessa menina e olha só as coisas que ela faz"; d) ao comentar com alguém a esse respeito, ouvir "deixa de pensar nessas notícias negativas que isso n traz nada de bom. Faz como eu, assiste futebol". e) todas as anteriores e mais algumas.

Este dia, presenciei um diálogo representativo dessa situação toda: Alguém disse a outro alguém (ligados por consanguineidade (existe?)): - Estou ficando sem alternativas. O outro alguém respondeu: - Já entendi. Se for fazer alguma coisa, faça direito para n dar dor de cabeça.

É lugar comum, mas durante um certo tempo, pensamos que podemos mudar o mundo. Depois ficamos apenas indignados. Depois vemos que, além de não podermos mudar nada, ainda temos que ver o nosso lado, pq senão ninguém vê para nós.

Mas continuamos indignados. Toda a modernidade e a facilidade de divulgação de idéias/amplitude das possibilidades de comunicação, ao invés de abrir caminhos, apenas mostra ainda mais o quão preconceituosa, conservadora, hipócrita e avessa a preocupações sociais é a sociedade atual.

Tipo: Se eu não vejo, não existe. Se não existe, não me preocupo.

Só sinto uma coisa a respeito disso tudo: NOJO.

1 comment:

Kat said...

é mais fácil 'dissociar' das coisas que eles n querem ver ou é muito 'difícil' de entender...