Thursday, July 16, 2009

CQC, o humor e o twitter



Antes de escrever este post, procurei uma imagem do CQC para ilustrá-lo e acabei me deparando com esta matéria, que reproduzo abaixo, com o devido crédito. Logo após, meus comentários...


....O “CQC” da Band, no gênero, é um dos melhores da tevê na temporada. Indiscutível. O programa de segunda-feira (27) esteve entre os mais engraçados. Verdade também. Até aquela bobagem da câmera balançando, nervosa, que só irritava o telespectador, foi arquivada. Não existe mais. E misturar humor com jornalismo-denúncia é uma fórmula infalível, como foi o caso do Hospital Santa Maria, no Distrito Federal.

Tudo muito bom, tudo muito bem, menos o que aconteceu depois da matéria em Ouro Preto, levada ao ar no último programa.

Na volta, ao responder a pergunta de Marcelo Tas se conhecia as obras do Aleijadinho, Rafinha Bastos, num momento tremendamente infeliz, disse algo assim: “conheço, ‘Emoções’, ‘Detalhes’… e tem também o Wagner Montes”. Ou, “ele, o Wagner Montes…”. Foi mal. Baixou o nível demais.

Quem faz ao vivo precisa pensar um pouquinho antes de falar, porque depois não tem conserto. E, se não foi improviso, teve texto, o que é pior ainda. Lamentável em ambas situações. Podia muito bem passar sem essa.

Flávio Ricco....

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Bom, agora, ao q eu ia escrever.

Acompanho Marcelo Tas há algum tempo, mas, mais especificamente, seu blog no UOL e depois, seu Twitter. Através desses, vim a saber do CQC e decidi assisti-lo.

Fazer programa de TV ao vivo n deve ser fácil. Atenho-me principalmente (mas n inteiramente) ao dessa última segunda-feira.

Marcelo Tas n tem graça (e nem sei se pretende ter) como apresentador. Sua voz é fina demais e ele a emposta de forma irritante. Agride os ouvidos. As matérias gravadas, por outro lado, ficam muito boas. Engraçadas, e na maioria das vezes, pertinentes. Rafinha Bastos e Marco Luque, no entanto, ficam meio sem função ao lado de Tas na bancada. Rafinha comentou em seu próprio twitter, depois do último programa, algo sobre “a longa duração do CQC e como ele sentia ter estado sentado por 4 horas”. É visível. Tas é uma metralhadora vocal. E é o chefe. Rafinha ficava o tempo todo olhando para a câmera, sem saber o que dizer ou como fazer algum tipo de intervenção conveniente e engraçada, restando a ele terminar as frases de Tas, e Luque chegou ao ponto de irritar o chefe, com o lance de enfiar canudos nos cabelos. Depois, em seu twitter, Tas recuou e colocou até uma foto de Luque, dizendo como apreciava programa ao vivo, pq proporcionava momentos como aquele. Diferente do que se viu ao vivo. A verdade é que os dois companheiros de palco parecem intimidados por Tas, o que pode afetar (e parece estar afetando) a qualidade de suas falas.

Fora a grosseria. Como no artigo acima, ao vivo tem-se que ter cuidado. Mas n é exclusividade do programa. No twitter, foi uma festa a morte do Michael Jackson. Todo tipo de piada sem graça e sem fundamento foi divulgada pela troupe inteira.

Aqui, cabe uma observação minha. Pessoal. Não acho e nunca acharei graça em piadas com celebridades mortas. Nem em grosseria gratuita com quem está vivo. A linha entre o bom-humor e o mau-gosto é tênue. E fácil de ser rompida.

Imagino as oportunidades pessoais que o CQC trouxe para toda a troupe, em relação às suas carreiras individuais. Torço por eles, parecem representar a nova cara do humor brasileiro. Sou particularmente fã de stand-up comedy, coisa que não se pode apreciar em TV brasileira, só em palcos de teatro ou em programas americanos, pra ficar no óbvio.

Danilo Gentili é um caso à parte. Tem o pensamento rapidíssimo e parece ser o menos dado a infelicidades vocais.

Voltando a Marcelo Tas, considero-o bastante inteligente e necessário no cenário jornalístico brasileiro. Só não gosto dele como humorista, ou mesmo como show-anchor./host A palavra é essa mesmo, ele é IRRITANTE.

Apesar de tudo isso, no geral, a impressão que tenho do CQC é bastante boa e pretendo acompanhar o programa por pelo menos mais um tempo.

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É uma pena o que aconteceu com a turma do Casseta. Cerceados pela TV Globo, ficamos restritos a esquetes bobos, de duração desnecessária e sem graça sobre a novela das Índias, por ex, e a crítica política desceu ao nível de sátira sem conteúdo. Dá uma saudades grande do Planeta Diário e da Casseta Popular, mas os meninos tinham que aproveitar a oportunidade profissional. Saudades do Bussunda, tbém. Ao contrário do que dizem, que ninguém é insubstituível, o Bussunda é.

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No frigir dos ovos, fica uma saudade ainda maior do TV Pirata. Pena que o pessoal cansou e a turma n se renovou. Separados nunca fizeram a mesma coisa. A química – pelo menos a que passava para nós – foi mágica.

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No twitter, ninguém é tão simpático, falando das “celebridades” brasileiras. Muito mais acessíveis são os estrangeiros – muito mais famosos, por sinal. Aparentemente, há uma guerra de egos em andamento, onde cada um parece estar mais preocupado em dissimular do que o outro, mas todos estão aflitos para ter mais e mais seguidores.


Vai entender.

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