Tuesday, July 14, 2009
o AMOR, esse grande desconhecido (parte 2)
Continuando o post anterior...
10(?)) A é um galã de boteco. Aproximando-se da meia-idade, nunca se casou e n tem nenhuma relação estável. A começa a namorar com B. A parece um sujeito seguro (quase nada arrogante, boa gente mesmo), bem-resolvido e parece ter respostas para todas as questões. A é um bom amigo para outros As.
A relação engrena. Com pouco mais de dois meses, A diz a B que esta é o amor de sua vida. B não acredita, nem tem a mínima intenção de querer acreditar, uma vez que para B o lance é outro, B está apenas curtindo. De mais a mais, B irrita-se com a falta de ambição de A em relação a sua vida profissional. A, no entanto, está (ou parece estar) sempre de bem com a vida. A ingere grandes quantidades de álcool praticamente 7 dias por semana, mas isso não chega a ser um problema no início. A, quando bêbado, é apenas um bêbado chato.
De cara e nos primeiros tempos, A é extremamente carinhoso e atencioso, preocupando-se com datas e momentos, mostrando que sabe tratar uma B.
Em certa ocasião, A tem uma explosão de ciúmes e fala várias besteiras para B. B fica indignada, até pq não deu motivos e, já cansada de ver A embebedando-se todos os dias, faz uma projeção de como seria A como marido, por exemplo. E não gosta nada do que projeta. B termina com A. A, o bem-resolvido e que tem as respostas para tudo, treme, para de comer, humilha-se, chora, pede perdão mil vezes e promete, jura que nada daquilo vai acontecer de novo. Embora já tenha sido a segunda vez. B, que já andava meio desconsolada e sem ver futuro na relação com A, mantém sua posição e termina tudo. Toda a "persona" calma, segura e bem-resolvida de A vem abaixo. A está em farrapos.
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11) A é instável emocionalmente. B, a quem A ama, criou suas impressões a respeito de A, impressões essas que A nunca conseguiu esclarecer, uma vez que B tem idéias e uma personalidade fortes (tal como A). B some da vida de A sem dar explicações e A fica arrasado. As explicações que A recebe depois de vários meses, além de magoarem A, fazem com que A veja o quanto de mal havia feito a B. Ou, na melhor das hipóteses, o quanto o relacionamento entre duas pessoas tais com A e B poderia ser explosivo para ambas as partes. A, instável, continua amando B da mesma forma, mas todas as circunstâncias mudaram, independente do que tenha disparado essas mudanças, tanto para A como para B. Em um primeiro momento, o coração de A lhe diz que deve fazer de tudo para talvez conseguir voltar a ficar com B. Depois A vê (e ouve da própria boca de B) que B precisa conhecer A de novo. A n sabe o que fazer e, n sabendo, não faz nada. Mas A sabe que seu coração e tudo que possa ter de bom (mesmo que n seja muito) pertencem a B. E é só isso que A sabe.
A, ontem, posicionou-se no meio de uma avenida, esperou o farol abrir e andou em direção aos carros por aproximadamente 100 metros. Os carros buzinavam e os motoristas xingavam A, mas todos eles desviaram. Ou A não estaria aqui escrevendo estas linhas.
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