Aqui tem uma matéria sobre a tentativa de suicídio do Rafael Ilha, o ex-polegar, ex-Cristiana Oliveira, ex-punguista de 1 real e 1 ticket de metrô, ex-engolidor de pilhas e canetas, mas muito fodido. Na matéria do link dizem que ele sofre de depressão e ansiedade.
No Jornal Hoje de hj passou uma matéria sobre o assunto, falando que ele tem transtorno bipolar, e que em um momento de surto, tentou tirar a própria vida. Aparentemente ele ficou inconformado com a atual mulher dele desencanar da relação (nem sabia que ele estava com alguém, essa é a verdade) e caiu.
Só uma coisa: depressão (unipolar) e ansiedade são diferentes de transtorno bipolar (ex-psicose maníaco-depressiva). Já expliquei (após estudar sobre, falar com psiquiatras/psicólogos e conviver com pessoas que sofrem desses males) muito sobre isso no Orkut, quando eu estava lá, no MSN, pra muitos contatos e no meu antigo BLOG no UOL, o Distúrbios da Mente e a Vida, que, aliás, era o nome da comunidade que mantive por 4 anos no Orkut. Pra quem ainda não sabe, eu fiz tratamento por bastante tempo para depressão unipolar e ansiedade.
Eis, a propósito, uma imagem do Rafael (meu homônimo):
Ah, o Rafael também lutou contra as drogas. Quem tem transtorno bipolar (que é o que eu penso que ele tem, mas é apenas um palpite, nem o conheço), infelizmente, muitas vezes se envolve com drogas.
Qual a razão desse post? Falar sobre o Rafael? Não.
A razão desse post é, mais uma vez, alertar sobre a gravidade dos transtornos mentais, alimentares e de comportamento.
Depressão umipolar, bipolar, ansiedade, pânico, transtorno da ansiedade generalizada, personalidade emocionalmente instável (ex-personalidade borderline), fobia social, anorexiaesquizofrenia e tantas outras são males cujo diagnóstico NÃO é simples, tem motivos e causam certas reações que AINDA não são totalmente entendidas pelos profissionais da área, são ALTAMENTE incapacitantes, é muito difícil acertar a medicação para os pacientes (não só QUAL remédio, mas em que DOSAGEM), o tratamento pode ser LONGO, há o problema de rejeição dos pacientes aos medicamentos (muito por não querer admitir que tem o mal, muito pelo preconceito que sofre(mos), muito pelos devastadores efeitos colaterais que experimentamos até acertar a medicação) e, em última instância e resumindo, se mal-tratadas ou não tratadas podem:
a) incapacitar o indivíduo para o convívio social;
b) incapacitar o indivíduo para uma vida produtiva;
c) causar definhamento progressivo de todas as funções orgânicas;
d) causar a MORTE.
Tendo convivido nesse meio, já lidei, de uma forma ou de outra, com alguns casos de suicídio. Não é fácil para quem é "apenas" um amigo, nem para os familiares, nem para ninguém (sem falar de quem se vai).
Concluindo, sou só uma voz no deserto, mas deixo mais uma vez (como já fiz tantas vezes no passado) meu pedido:
Vamos trabalhar para uma maior conscientização de TODOS os cidadãos sobre esses problemas. Não dá mais para viver em uma sociedade onde até MÉDICOS de outras especialidades ridicularizam esses males, como já aconteceu comigo.
2 comments:
Acho lamentável a forma como tratam o Rafael, ele tem depressão, só quem sofre esta doença sabe a dor de acordar todos os dias, ter que viver mais um dia quando a única vontade da pessoa depressiva é morrer, não existe mais sentido em viver, dói demais viver...mesmo com tratamento a gente tenta se agarrar a pequenas coisas para continuar, eu tenho um filho, já adulto, mora no exterior, mesmo assim é nele que eu penso quando não consigo parar de pensar em morrer, imaginem quem não tem em que se segurar para continuar...
As drogas, o alcoolismo são formas de tentar não sentir esta dor de viver, só que não adianta porque depois que passa o efeito das drogas a dor volta muito maior.
"Pelo amor de Deus"!!!não marginalize as pessoas que sofrem de depressão, se não tiver nada de bom para incentivar o doente, não diga nada, tenham compaixão, criticar uma pessoa que sofre de depressão é como pisar em cima de cachorro morto.
Não tenho nem o que dizer, né, além de concordar. Viu a matéria no Profissão Repórter sobre saúde mental? Me deu (ainda) mais vontade de fazer med ano que vem... E ajudar todos nós.
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