Narcisisticamente, enquanto dava os primeiros passos na rua, Roy reparou em seu braço direito, o que segurava a bengala, e viu que seu tríceps estava marcado. Sorriu internamente de satisfação. Quis ir a uma livraria e folhear alguma coisa mas teria que ser mais tarde, afinal a maior parte do comércio ainda estava fechada àquela hora. Subitamente, um cão conduzido frouxamente por um moleque de uns 45 quilos latiu irritado para Roy, a alguns centímetros de sua perna esquerda. Roy deteve-se, olhou para o cão e deu sua mão para que ele a cheirasse. Alguns segundos depois, o mal-humorado cão já admitia carícias em sua fronte, embora permanecesse alerta. Roy recordaria depois de registrar em seu diário, se ele tivesse um, como cães demonstravam tão francamente seus sentimentos, ao contrário da maioria dos imbecis humanos que conhecia.
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