Hoje foi trash. Uma crise terrível, coisa ruim mesmo. Um túnel, um corredor escuro, eu acendia o isqueiro pra iluminar e não via merda nenhuma mesmo assim. O coração saindo pela boca, os tendões ao redor do pescoço (existem?) todos tensionados, parecendo que iam romper. As coxas duras, a pisada curta e ansiosa.
Tomei um calmante inteiro e dormi até de noite.
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Trabalho quase todo o tempo sobre pressão. De tal forma que, quando tenho um prazo melhor, procrastino. Até criar a pressão necessária para produzir de novo (e bem). Quando termino um trabalho, sinto uma mistura de adrenalina baixando com o cansaço extremo batendo. Durmo. Acordo. E aí vem o tédio. Como um piano de desenho, ele cai do alto do prédio sobre minha cabeça. Que, aliás, se ocupa de todo tipo de merda (real) e não consegue focar em algo lindo como um jardim colorido ou passarinhos trinando.
Que bosta.
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Eu me acostumei a viver perto do lixo. Na verdade, eu procurei pelo lixo. Nem sempre foi assim. Eu tinha perspectivas. Hoje, a maioria das coisas fede, e as que não fedem eu não sei lidar.
Minha sociabilidade caiu a zero. Minha tolerância para determinadas circunstâncias e situações rotineiras e certamente corretas ne normais para os outros desapareceu, junto com minha paciência.
Eu quero achar as coisas interessantes de novo. Eu não quero mais o lixo pra mim. Me faz mal.
Muito mal.
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