E se foi. Depois de um sofrimento longo e, pra mim, inevitável, oficializar o término de uma relação de mais de 2 anos, da qual eu cheguei a esperar o "foram felizes para sempre", uma família, um futuro afetivo saudável... fiquei com o nada.
Ensinaram-me que em um relacionamento você tem que ceder. As 2 partes tem que ceder. Eu cedi, dei, doei, emprestei e não pedi de volta, fiz o diabo. Mas fiz errado. Falei sim demais pra tudo no começo e quando resolvi começar a falar não, aparentemente foi demais também, pq de anjo me tornei um demônio.
Eu amei de verdade poucas vezes nessa vida. E, por um motivo ou outro, nunca consegui ficar com as poucas pessoas de quem gostei de verdade.
- Umas pq eu amei demais e me tornei opressivo e ciumento;
- Outras pq eu apostei demais, ajudei demais, me joguei demais, investi demais, dediquei-me demais, e julguei q não recebi a retribuição natural que acreditei merecer;
- Outras apareceram na hora errada na minha vida;
- Outras ainda me amaram (ou disseram que amaram) e eu não retribuí;
- Outras queriam muito e eu não queria nada;
- Outras queriam pouco e eu queria muito.
Não sei se o Boy George ainda anda por aí, mas aquele papo de Crying Game é bem real.
O amor não me alimenta, ele me devora.
E eu fico triste, deprimido, com raiva, ódio, sem energia, pilhado, esgotado.
E aí acaba.
E só sobra o vazio. E a certeza de que a única coisa constante na vida é o tempo. Esse não para.